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Em sabatina Alexandre de Moraes diz que vai se declarar impedido em processos da mulher no STF

Em sabatina Alexandre de Moraes diz que vai se declarar impedido em processos da mulher no STF

O ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, foi submetido nesta terça-feira à sabatina no Senado com a base do governo prometendo apoio para aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também no plenário da Casa.

Moraes disse que vai se declarar impedido de julgar processos em que sua mulher, Viviane, ou o escritório que ela trabalha atue no Supremo, seguindo a legislação.

— Em todos os casos em que o escritório eventualmente atue, já existente ou a existir, obviamente me darei por impedido. Eu o faria mesmo que não houvesse previsão legal — afirmou.

O ministro negou que a atuação da mulher tenha sido omitida ao Senado. Argumentou que ela não consta em sua declaração à Casa porque não há vinculação entre sua atividade e a dela e questionou ainda se precisaria declarar que dois de seus três filhos são estudantes de Direito.

ESPECIAL: O QUE PENSA ALEXANDRE DE MORAES

Em resposta a outra polêmica que envolveu seu nome após a indicação, Moraes negou ter feito plágio de uma obra espanhola em um de seus livros. Ele afirmou que a obra espanhola é uma compilação de julgamentos do tribunal daquele país e afirma que a reportagem

que tratou do tema foi “maldosa”. Ele comentou ainda sobre a tese na qual defendia que ocupante de cargo de confiança não deveria ser indicado ao Supremo. Disse que era uma discussão teórica dentro de um conceito e afirmou que não considera sua indicação como um “favor político” do presidente Michel Temer.

— Posso garantir que não considero, não considerarei, jamais atuarei que minha indicação e eventual aprovação tenha qualquer ligação de agradecimento ou favor político. Isso posso garantir.  Se aprovado for, atuarei com absoluta independência e imparcialidade — afirmou.

Nesta segunda (20), a CCJ recebeu abaixo-assinado com 270 mil assinaturas contra Moraes no STF.

De acordo com senadores da oposição, o indicado de Temer seria parte do acordo para “estancar a sangria” da Lava Jato — como propunha Romero Jucá (PMDB-RR) na gravação de Sérgio Machado.

Alexandre de Moraes é o primeiro nome escolhido para o tribunal pelo presidente Michel Temer, que assumiu a chefia do Executivo em maio de 2016. Ele foi indicado para a a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, que faleceu em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

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Com informações da Agência Senado e o Globo

Sobre o autor | Website

Hudson Cunha foi Secretário de Comunicação, Diretor de Comunicação na Associação de Blogueiros do Distrito Federal e Entorno. É jornalista Especializado em Comunicação Empresarial e Marketing em Mídias Digitais e idealizador do Instituto Hudson Cunha - Consultoria, Treinamento e Assessoria e da Agência 84 – Comunicação. Inteligente, alegre e amante de um bom vinho.